Cancun: Um dia no parque ecológico Xcaret

Um dos passeios mais procurados por quem viaja para Cancun é a visita ao Xcaret, um grande parque ecológico localizado na Riviera Maya junto ao mar do caribe mexicano que oferece dezenas de atividades que envolvem natureza e cultura, com muitos animais, praia privativa, rios subterrâneos, apresentações artísticas, tradições mexicanas, gastronomia e muita diversão. Quando estive em Playa del Carmen reservei um dia do meu roteiro para conhecer o parque e mostro neste post como foi a minha visita.

 

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COMO CHEGAR

O Xcaret funciona todos os dias do ano, das 8h30 às 22h30. Ele está localizado a cerca de 80 km da Zona Hoteleira de Cancun, numa viagem que dura um pouco mais de uma hora, e a apenas 10 km do centrinho de Playa del Carmen. O acesso ao parque se dá pela Carretera Cancun-Tulum, a principal rodovia na costa da Riviera Maya, que liga Cancun a Playa del Carmen e Tulum. Na estrada há dezenas de placas indicando a distância que falta para chegar ao Xcaret e o seu trevo de acesso, que pode ser visto na imagem abaixo, possui uma grande placa com o nome parque.

Na minha viagem a Cancun e Playa del Carmen eu programei para visitar o Xcaret durante minha estadia em Playa devido à proximidade da cidade com o parque. Cheguei lá em poucos minutos com o carro que aluguei para fazer meus passeios na região. O estacionamento do parque é bem amplo e gratuito. Se você também pretende alugar um veículo, não deixe de ler as dicas do post “Como é alugar um carro em Cancun e Playa del Carmen“.

Para ir de ônibus ao Xcaret, há linhas da empresa ADO saindo das rodoviárias de Cancun e Playa del Carmen no início da manhã rumo ao parque, com retorno no final da tarde e à noite. Os preços e horários podem ser consultados diretamente no site da empresa, selecionando na busca o nome da cidade de partida no item ¿De dónde sales?  e o nome do parque Xcaret no item ¿A dónde vas?.

Outra opção para visitá-lo é contratando o serviço de empresas de turismo locais que oferecem translado e ingresso para o parque. A maioria dos hotéis e resorts disponibilizam este tipo de serviço através de parcerias com operadoras locais. Há ainda o transporte oficial do parque, que pode ser contratado ao comprar o ingresso pelo site do Xcaret.

 

INGRESSOS

Há basicamente dois tipos de entrada para o Xcaret: o básico, que custa 109 dólares por pessoa; e o “Plus”, que tem o custo de 139 dólares por pessoa. Crianças de 5 a 11 anos pagam meia entrada e os menores de 5 anos tem entrada gratuita.

Os dois tipos de ingresso permitem visitar a praia, o rio subterrâneo, o aquário, assistir aos shows, entre várias outras atrações do parque, além do uso de coletes salva-vidas, boias, vestiários e chuveiros. A diferença principal entre os dois tipos de ingresso é que o “Plus” inclui um almoço com buffet e bebidas, permite o uso de armários guarda-volumes e também o empréstimo de snorkel para praticar o mergulho. Quem compra o ingresso básico precisa pagar à parte pelo almoço e pelo uso de armários e snorkel.

Os ingressos podem ser comprados na bilheteria local, com agências de turismo ou ainda pelo site do parque. A compra on-line dá descontos de 10% a 15% no valor do ingresso, permite contratar o serviço de transporte oficial do parque e ainda oferece valores mais baixos na compra da combinação do ingresso do Xcaret com outros parques do grupo, como o Xel-Há e o Xplor.

Caso queira reservar um passeio ao Xcaret que inclui ingresso e transporte, seguem duas opções a seguir que você pode pagar em reais e parcelar sem juros no cartão:

Excursão ao parque Xcaret saindo de Cancun
Excursão ao parque Xcaret saindo de Playa del Carmen ou Riviera Maya

Outros passeios que você também pode reservar com antecedência:

Excursão ao parque natural Xel-Há saindo de Cancun
Excursão ao parque natural Xel-Há saindo de Playa del Carmem ou Riviera Maya
Excursão ao parque Xplor saindo da Riviera Maya

 

O parque possui atividades opcionais que não estão incluídas nos ingressos básicos ou Plus e precisam ser pagar à parte, como o mergulho com golfinhos, o nado com tubarões, o encontro com as arraias, os mergulhos Sea Trek e Snuba, entre outras. Eu não fiz nenhuma dessas atividades no parque, mas vi algumas acontecendo, como esta da imagem abaixo, onde uma mãe corajosa levou seus filhos para o encontro com um tubarão.

 

Dentro do Xcaret só é permitido o uso de protetor solar biodegradável, produto que pode ser comprado no próprio parque ou em farmácias e supermercados de Cancun e região. A grande maioria dos protetores solares vendidos aqui no Brasil não são biodegradáveis e agridem a natureza, por isso não são permitidos no parque. Eu fui advertido por um funcionário do parque que me viu utilizar um protetor que não era biodegradável e ele me deu um sachê do protetor permitido, mas o ideal é comprar o produto para evitar incomodações.

Na entrada do parque, próximo às bilheterias, há um quiosque para você deixar guardado seu protetor solar convencional, como se fosse um guarda-volumes de protetor. Ali você deixa o seu protetor para pegá-lo de volta quando for embora e também pode aproveitar para comprar o protetor biodegradável. Não lembro o preço, mas sei que no parque ele custa bem mais que nas lojas da cidade.

 

O Xcaret ocupa uma área imensa e para guiar-se por lá é fundamental ter um mapa do local em mãos. Há vários painéis com o mapa espalhados pelo parque e também é possível pegar uma versão impressa na entrada.

 

Para facilitar o deslocamento dentro do parque foram criadas diferentes rotas, que podem ser encontradas no mapa através de linhas coloridas, como, por exemplo, a rota do aquário (azul) e a rota da estrada do rio (preta). Estas rotas são identificadas facilmente no chão do parque através de pedras coloridas que foram colocadas junto às calçadas para auxiliar na orientação dos visitantes.

 

CULTURA

Na minha visita ao Xcaret optei por começar o meu passeio visitando os animais e as atrações culturais, deixando a parte “molhada”, como a praia e o rio subterrâneo, para mais tarde.

Um dos locais que eu conheci foi o cemitério mexicano, uma reprodução de capelinhas coloridas em miniatura que representam uma característica bem marcante da cultura do país que tem o “Dia dos Mortos” como uma das suas principais festas populares.

 

Abaixo desse cemitério há surpresa escondida, uma gruta bem interessante para se visitar.

 

Ali perto fica a “Casa dos Murmúrios”, uma construção de tijolinhos à vista que funciona como uma loja, vendendo várias caveirinhas e objetos relacionados à religião, cultura mexicana e à temática do Dia dos Mortos.  A casa tem este nome pois o formato de sua construção em forma de cúpula cria uma acústica peculiar que permite ouvir murmúrios pelos seus cantos quando alguém que está posicionado bem na parte central do edifício fala algo, mesmo que baixinho.

 

Ainda no tema religião, há duas grandes capelas no parque. Uma delas é a Capela de São Francisco de Assis, que fica num ponto mais elevado do parque e tem um altar com vista para o mar.

 

A outra é a Capela de Guadalupe, cujo altar é rodeado de água, como se fosse um cenote natural. Nos bancos desta capela há vários bonecos de papel sentados e representando personagens bem famosos da cultura mexicana, entre eles a pintora Frida Kahlo e o famoso personagem Chapolin Colorado.

 

ANIMAIS

O parque também funciona como uma espécie de zoológico e lá encontram-se vários animais da fauna mexicana, com destaque para a grande quantidade de aves, entre elas muitos flamingos e araras.

 

Eu tive a oportunidade de alimentar uma arara e presenciei uma atividade onde vários instrutores vão a uma área do parque com dezenas delas para fazer uma revoada de araras, soltando-as todas ao mesmo tempo para que elas voem pelo parque e depois voltem ao ponto de partida.

 

Outro local que visitei foi o “Mariposario”, uma área verde dedicada às borboletas, com direito a cascatas d’água e muitas árvores, num ambiente fechado com telas e utilizado para conservação e reprodução das espécies. É possível entender todo o funcionamento da metamorfose da borboleta ao conhecer todas as suas etapas de vida, desde o pequeno ovo colocado nas plantas, passando pela fase de lagarta, casulo e a vida adulta.

 

Entre os animais do parque há ainda macacos, antas, jaguares e outros mamíferos.

 

As iguanas estão por todos os cantos e é bem comum encontrar uma delas no meio do caminho. Elas são encontradas não só no Xcaret como em vários outros locais, até nas cidades de Cancun, Playa del Carmen, na ilha de Cozumel e por toda a Riviera Maya.

 

PRAIA E MERGULHO

Junto ao mar do caribe mexicano fica a praia do Xcaret, que pode ser frequentada por todos os visitantes do parque e que oferece boias, cadeiras, proteções com sombra e serviço de bar. Não é uma praia muito grande, mas possui o mar bem calmo e com água cristalina.

 

O mar aberto fica ali bem próximo à praia, mas seu acesso é restrito por questões de segurança, já que é bem agitado fora dos limites do parque.

 

A palavra Xcaret significa “pequena enseada” e o parque tem este nome justamente porque há uma pequena enseada em sua área, localizada bem próxima à praia. É nela que ocorre o mergulho com snorkel. O equipamento está incluído no ingresso “Plus”, mas pode ser alugado na hora por quem tem o ingresso básico.

 

Nesta área próxima ao mar também fica o aquário do Xcaret, com diversas espécies de peixes e outros animais marinhos, como medusas, ouriços, esponjas e arrecifes de corais. Na parte externa há piscinas com arraias e uma área dedicada às tartarugas, com uma grande quantidade delas, nos mais variados tamanhos e tipos.

 

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RIO SUBTERRÂNEO

A atração que eu mais gostei no Xcaret foi o rio subterrâneo, um conjunto de rios com mais de 600 metros de extensão que atravessam todo o parque. É comum você estar caminhando entre uma atração e outra dentro do parque e encontrar várias pessoas nadando por algum trecho aberto dos rios subterrâneos.

 

Para entrar no rio é preciso livrar-se de todos os pertences, pois a entrada na água acontece apenas com colete salva-vidas e nadadeiras. Câmeras fotográficas à prova d’água são permitidas e imperdíveis para quem quer fazer bons registros do passeio. O uso de snorkel é opcional, eu fui sem ele e não me arrependi, pois há trechos em que a água do rio é turva e não dá para ver muita coisa.

Próximo à entrada do rio ficam os armários, que já estão incluídos no ingresso “Plus” e que podem ser alugados por quem tem o ingresso básico. Eu deixei ali minha mochila, telefone e câmera fotográfica. O armário é trancado e a chave é presa numa corda que pode ser colocada no pescoço do visitante.

 

Alguns pertences podem ser colocados numa bolsa lacrada para serem retirados no final do percurso. Como o final do rio subterrâneo fica lá do outro lado do parque, é muito longe para retornar ao armário e pegar todos os objetos de volta logo em seguida, por isso existe essa opção da bolsa para que alguns objetos possam ser retirados logo depois do rio. O número da bolsa é anotado na pulseirinha do parque e depois para pegá-la de volta basta mostrar o número no quiosque de retirada.

No meu caso, guardei nesta bolsa um chinelo, bermuda, camiseta e um óculos de sol, para que eu pudesse vesti-los depois. Só mais tarde, depois de almoçar, é que retornei para buscar minha mochila e a câmera que haviam ficado no armário. Quem não utiliza os armários pode colocar todos os pertences nessa bolsa, pois ela é bem grande.

 

Depois de despachar meus objetos na bolsa, peguei os equipamentos para entrar no rio. As nadadeiras e os colete salva-vidas estão disponíveis para todos os visitantes e ficam separados por numeração e tamanho.

 

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Logo na entrada do rio, um instrutor do parque pergunta qual caminho você quer seguir e explica as diferenças. Há três percursos de rio disponíveis: um mais aberto, um mais fechado e escuro e outro que é meio termo, com partes abertas e fechadas. Eu escolhi esta terceira opção, que se não me engano se chamava “rota maya” ou “percurso maya”.

Como o rio é bem longo, o passeio é um pouco demorado e pode ser cansativo para quem não tem tanto preparo físico. Durante o percurso do rio há várias saídas de emergência para quem fica cansado ou para quem não está gostando da atividade.

As seis imagens a seguir eu fiz com minha camera GoPro durante o passeio no rio subterrâneo e no final deste post há um vídeo com alguns momentos que gravei durante o percurso.

 

O trecho inicial do rio fica a uns quatro ou cinco metros da superfície, com grandes paredões de pedra acompanhando o percurso.

 

Há trechos que são muito escuros, passando por cavernas das mais variadas alturas. Numa delas havia até morcegos!

 

O percurso que eu escolhi foi alternando entre áreas abertas e fechadas e na parte final o rio ele ainda passou por um trecho bem interessante abaixo das raízes das árvores.

 

Depois de uns 40 minutos chegamos à parte final do rio, onde fica o quiosque para a retirada da bolsa com os pertences deixados antes do rio. Neste local há banheiros, duchas de água doce e também toalhas para se secar.

 

O rio termina numa parte bem próxima ao mar, um espaço bem bonito para tirar fotos e que possui várias redes para descansar.

 

SHOWS

Ao longo do dia o parque Xcaret apresenta a seus visitantes quatro espetáculos relacionados à cultura da região e às tradições mexicanas.

Eu assisti a uma apresentação chamada Voladores de Papantla, um ritual que expressa o respeito à natureza e ao universo espiritual, onde quatro homens sobem até o alto de um mastro e depois, amarrados em cordas, descem em movimentos circulares até o chão pendurados pelos pés. Esta apresentação acontece três vezes ao dia, às 11h30, às 13h00 e às 15h00. O vídeo no final deste post mostra bem como é este ritual surpreendente.

 

No final da tarde há uma apresentação de danças pré-hispânicas, representando antigas culturas mexicanas, e também um espetáculo equestre, que mistura equitação e músicas típicas do país.

As atividades do parque se encerram com um mega espetáculo chamado “Xcaret México Espetacular”, que tem início às 18h00 no inverno e às 19h00 no verão. Ele é apresentado numa grande arena construída especialmente para a apresentação e que possui uma estrutura moderna e tecnológica. No palco mais de 300 artistas participam do espetáculo, que mistura músicas, danças, lendas e festividades num tributo à cultura mexicana.

Eu acabei não ficando até o horário deste show, mas passei pela arena e fiquei impressionado como seu tamanho. Este espetáculo parece ser bem interessante.

 

 

RESTAURANTE

Há alguns restaurantes espalhados pelo Xcaret que servem almoço para os visitantes. Uma refeição com bebidas já está incluída para os que optaram pelo ingresso Plus, mas quem tem o ingresso normal também pode comer no local, pagando à parte.

Eu almocei no maior dos restaurantes, cujo nome eu não me recordo, que tinha um buffet bem variado, com vários pratos da culinária mexicana e também da cozinha internacional, com saladas, massas, carnes, peixes, além de sobremesas.

 

TORRE GIRATÓRIA

A última atração que eu visitei no Xcaret foi a Torre Escénica, uma torre giratória que chega a 80 metros de altura e que permite ter uma excelente visão panorâmica 360 graus de todo o parque e também da costa da Riviera Maya. Há uma outra torre igual a esta em Cancun, no início da Zona Hoteleira, e é possível visita-la de forma gratuita ao apresentar a pulseirinha que foi utlizada durante a visita ao parque Xcaret.

 

 

Na minha visita ao Xcaret acabei não conhecendo todas as atrações do parque, pois é quase impossível visitar tudo em um único dia. Cheguei lá por volta das 10h00 e fui embora um pouco depois das 17h00. Poderia ter chegado mais cedo e ido embora mais tarde para curtir mais do parque e assistir ao último espetáculo, mas considerei este tempo o suficiente para me divertir nas atrações que me interessei em conhecer.

 

XCARET OU XEL-HÁ

Uma pergunta frequente que muitos podem fazer ao planejar uma viagem a Cancun e Playa del Carmen é de qual parque visitar, o Xcaret ou o Xel-Há? Os parques são bem diferentes e essa questão de preferências varia muito de pessoa para pessoa. Na minha viagem, fiquei uma semana na região e por isso tive tempo para visitar os dois parques. Gostei de ambos, mas particularmente gostei um pouco mais do Xel-Há.

O Xcaret possui muito mais atrações que o Xel-Há e elas abordam várias temáticas diferentes, com aspectos naturais e culturais. Quem gosta de mergulho pode curtir a enseada e o rio subterrâneo, mas quem não quer se molhar tem várias coisas para ver, como os animais, os shows, entre outras atrações. O parque oferece a opção de dois tipos de ingresso e fica mais próximo das cidades.

O Xel-Há é um parque natural muito mais voltado para o mergulho, para quem quer ficar na água a maior parte do tempo, já que suas principais atrações são uma grande enseada natural e um rio. O ingresso é mais barato e já inclui o empréstimo de snorkel, o uso de armários e toalhas, além de alimentação liberada com bebidas em qualquer restaurante do parque o dia inteiro. Apesar de custar menos, este parque fica 40 km mais distante que o Xcaret, por isso o deslocamento pode custar mais.

Existe ainda uma terceira opção que é o parque Xplor, localizado bem próximo ao Xcaret e que é voltado a atividades mais radicais, como tirolesas, veículos off-road, mergulho em cavernas e outras atividades de aventura, mas este eu não tive tempo para conhecer na minha viagem, por isso não posso dar mais detalhes.

Se você está disposto a visitar apenas um dos parques, veja bem as atrações de cada um para tomar sua decisão. Para conhecer o parque Xel-Há, recomendo a leitura do post “Cancun: A visita ao parque natural Xel-Há“.

 

VÍDEO

Para finalizar este post, segue um vídeo com algumas imagens que fiz durante minha visita ao Xcaret, mais especificamente o show Voladores de Papantla, o meu passeio no rio subterrâneo e a vista panorâmica da Torre Escénica.

 

 

Você já visitou o Xcaret? Como foi o seu passeio?
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